Por Que Psicologia e Parapsicologia?

A Psicologia nos oferece ferramentas poderosas para entender comportamentos, emoções, pensamentos e relações humanas. Ela é fundamental para promover a saúde mental e o bem-estar, ajudando-nos a enfrentar os desafios cotidianos e a alcançar nosso potencial pleno. A Parapsicologia, por outro lado, abre portas para explorar dimensões desconhecidas e experiências que muitas vezes são deixadas de lado pela ciência convencional. Ela nos convida a questionar, investigar e expandir os limites do nosso conhecimento sobre a consciência e a realidade.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Sou Psicopata e Quero Que a Sociedade Entenda e Acolha Meu Transtorno

 


Um comercial de TV dos anos 1990 trouxe um dos primeiros sinais de que a advogada americana Jamie L. — que usa o pseudônimo M. E. Thomas — poderia ter algum transtorno de personalidade.

"Na infância, aos 8 ou 9 anos, estava assistindo televisão com meu pai quando vi uma propaganda sobre uma campanha de arrecadação de fundos contra a fome na África. As imagens mostravam uma criança muito magra. Na cena seguinte, uma mosca pousava nos olhos dessa criança, que não esboçava nenhuma reação", descreve ela.

"Eu comentei: 'Nossa, mas que criança burra… Ela não consegue nem afastar uma mosca dos próprios olhos?'"

O pai de Thomas, claro, estranhou a reação da filha e questionou se ela não tinha empatia.

"Eu não sabia o que essa palavra significava. Ao entender o que era empatia, percebi que talvez não tivesse mesmo esse sentimento", relata ela.

Thomas compartilhou essa história durante uma roda de conversa promovida no dia 12 de agosto pela Psycopathy Is ("Psicopatia É", em tradução livre), uma associação criada por pesquisadores nos Estados Unidos para fomentar estudos sobre esse transtorno psiquiátrico.

O grupo — o primeiro e único no mundo focado neste tema — também oferece suporte a famílias com casos de psicopatia e realiza campanhas de conscientização sobre o transtorno.

Dias depois da palestra, Thomas aceitou o convite para conversar com a BBC News Brasil, onde compartilhou alguns outros episódios que vivenciou nas últimas décadas e sua trajetória antes e depois do diagnóstico.

Violência despercebida

Antes de entrar nos detalhes da entrevista, vale fazer uma breve explicação técnica.

Atualmente, os manuais de psiquiatria não usam mais os termos sociopatia ou psicopatia — algo que gera muita controvérsia e intermináveis debates entre especialistas da área.

Essas duas condições, psicopatia e sociopatia, estão de alguma maneira englobadas no chamado "transtorno de personalidade antissocial" — embora existam testes que avaliem especificamente traços de psicopatia.

A Associação Americana de Psiquiatria classifica a condição como "uma das doenças mentais mais incompreendidas, com pouco diagnóstico e tratamento".

Ela faz parte de um grupo maior de enfermidades que afetam a personalidade, que também inclui condições como o borderline, o narcisismo, o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), a paranoia, entre outros.

Como é possível notar em vários trechos da entrevista, Thomas mesmo utiliza todos os termos — sociopatia, psicopatia e transtorno de personalidade antissocial — para descrever sua condição.

Ela começa contando sobre um episódio que viveu na transição entre a infância e a adolescência.

"Quando tinha uns 12 anos, o pai de uma amiga veio falar comigo. Ele me disse que a filha dele me adorava e prezava pela nossa amizade, mas gostaria que eu parasse de bater nela", relata Thomas.

"Eu fiquei muito surpresa, porque nunca havia percebido que fazia aquilo."

A advogada também lembra de alguns episódios da infância e da adolescência em que ela invadiu a casa de pessoas próximas.

"A ideia era apenas fazer uma brincadeira, como mudar algumas coisas de lugar para deixar os moradores confusos. Eu acreditava que isso seria engraçado, mas hoje percebo que se tratava de uma enorme invasão de privacidade."

Nos tempos de escola, Thomas também passou por episódios de agitação — como quando arremessava livros ou dicionários em colegas durante uma aula particularmente tediosa.

"Também brincávamos de um futebol americano sem nenhuma regra. Eu pegava alguns colegas e dava socos e mais socos neles."

Ainda na adolescência, Thomas diz ter feito apostas com uma amiga para ver quem conseguiria beijar um garoto que ambas gostavam. O problema é que ela já sabia de antemão que o menino estava afim dela.

"Eu não levei em consideração os sentimentos da minha amiga, fui apenas oportunista. Na hora, só pensava nos vinte dólares que iria ganhar", diz.

"Por outro lado, sempre fui muito bem nas aulas e tirava boas notas. Então os professores não sabiam muito bem como lidar comigo."

Thomas entende que sempre sentiu uma certa "insensibilidade, uma falta de consciência sobre o que acontecia" ao seu redor.

No entanto, isso não era algo que chamava sua atenção durante a infância e a adolescência.

"Eu não me considerava diferente dos demais. Talvez suspeitasse que apenas fosse mais esperta", afirma.

"Além disso, minha família é numerosa, somos mórmons e todos temos aptidões musicais. Então, de certa maneira, já éramos uma família um tanto esquisita", observa ela.

Será que você é sociopata?

Thomas confessa que sempre notou uma "dificuldade em ser colocada em determinadas situações", quando precisava fazer uma espécie de atuação para mascarar aquilo que realmente sentia.

"Também sempre foi muito difícil me engajar em qualquer coisa, a menos que aquilo me trouxesse um benefício direto."

Uma das atividades que se encaixou nesse requisito da recompensa foi a faculdade de Direito, onde Thomas formou-se advogada.

Foi nos tempos de universidade que ela ouviu a primeira sugestão de que poderia sofrer com algum transtorno de personalidade.

No segundo ano de curso, em meados de 2004, ela fez um estágio num órgão governamental e dividiu o escritório com outra mulher.

"Não havia muito o que fazer, então conversávamos bastante. E comecei a notar que essa colega tinha várias vulnerabilidades, que eu poderia usar para manipulá-la", lembra.

"Ela falava abertamente comigo e contou que foi abandonada pelos pais e adotada por outra família, era homossexual e ao mesmo tempo super religiosa."

Com o passar do tempo, Thomas ficou muito interessada pela colega — e ela própria começou a se abrir mais e a contar detalhes pessoais.

"Senti que essa colega de estágio não representava qualquer tipo de ameaça para mim. Ela era praticamente um passarinho ferido", compara.

"Hoje, sei que na verdade ela não era assim, e essa avaliação vinha de meu preconceito psicopata", pondera a advogada.

Depois de algumas semanas de bate-papo, essa colega de trabalho fez uma pergunta decisiva para a vida de Thomas: "Ela me disse: 'Você já considerou a possibilidade de ser uma sociopata?'"

A palavra não despertou nenhuma emoção específica na estudante de Direito.

"Como sou mórmon, não havia visto nenhum dos filmes mais famosos e violentos que abordam esses transtornos, como Psicopata Americano", relata ela.

Thomas resolveu então buscar na internet o significado do termo e encontrou algumas informações — entre elas, uma lista de 20 sintomas elaborada pelo psicólogo canadense Robert D. Hare, que até hoje é considerada uma das principais ferramentas para fazer o diagnóstico da psicopatia.

Entre os sinais listados pelo especialista, estão charme, senso grandioso de autoestima, necessidade de estímulos constantes, propensão ao tédio, mentiras frequentes, facilidade de manipular os demais, falta de remorso, ausência de empatia, impulsividade...

"Cheguei à conclusão que essas características me descreviam muito bem", conta Thomas.

"Mas à época não dei muito valor a isso. Achei que essas informações eram apenas uma curiosidade qualquer, como descobrir que você tem algum grau de parentesco com uma antiga rainha da França", brinca ela.

Ao redor de 2008, já formada e com a experiência de trabalhar num escritório de advocacia prestigiado, Thomas começou a ver que sua vida colapsava.

"A empresa passou a insinuar que não havia futuro para mim ali. Uma amiga muito próxima descobriu que o pai estava com câncer e eu decidi que precisava me afastar, porque ela estava com muitas demandas emocionais."

"Também enfrentei uma série de problemas em relacionamentos amorosos e com a minha família."

Nessa época, Thomas notou que a vida dela era marcada por ciclos de cerca de três anos. Depois desse tempo, tudo o que ela construía — em termos de relacionamentos pessoais, amorosos e profissionais — virava ruína.

"Era como se eu apertasse um botão 'dane-se' e não conseguisse mais cumprir um papel", raciocina ela.

"Eu não me sentia bem com isso, mas sempre chegava nesse ponto de não gostar mais do trabalho, de cansar de fingir que era uma boa amiga... Eu precisava parar tudo, porque não me sentia mais interessada, como se aquelas coisas não valessem mais a pena."

Nesses momentos de baixa, Thomas se sentia desgastada por precisar manter uma certa "máscara de normalidade" diante dos outros, quando sentia justamente o contrário.

"Foi aí que pensei: será que isso acontece comigo porque sou sociopata?"

Entre o blog e o livro, um diagnóstico

Nesse mar de incertezas, Thomas decidiu resgatar um hábito da infância e da adolescência: escrever em um diário.

Só que dessa vez, ela resolveu fazer isso no mundo digital. Para isso, criou o blog Sociopath World ("Mundo Sociopata", em tradução livre).

"Como usava pseudônimo e nunca me identifiquei, muita gente sempre achou que eu fosse um homem. Ninguém pensava que uma mulher estava por trás do blog", observa.

Após compartilhar textos na internet por cerca de um ano e meio, a advogada recebeu uma mensagem de uma agente literária, que a convidou para escrever um livro sobre o tema.

A ideia foi materializada em 2013, com a publicação de Confessions of a Sociopath: A Life Spent Hiding in Plain Sight ("Confissões de uma sociopata: Uma vida escondida à vista de todos", em tradução livre).

No entanto, antes de iniciar esse projeto, Thomas sentiu a necessidade de confirmar que de fato era acometida por um transtorno — até então, ela tinha fortes suspeitas, mas nunca havia passado pela avaliação de um profissional de saúde.

"Nesse momento, em meados de 2010, já havia me recuperado e trabalhava como professora de Direito. Se há algo bom de ser psicopata, é essa capacidade de voltar ao auge rapidamente."

Um psicólogo pediu que ela fizesse uma série de testes cognitivos. Após a consulta, a conclusão estava clara: Thomas tinha mesmo um transtorno de personalidade.

Ela avalia que receber o diagnóstico "oficial" não representou nenhum significado especial na vida dela.

"Sabe quando você já suspeita de algo? Para mim, o diagnóstico foi parecido ao caso das mulheres que de certa maneira sentem que estão grávidas e só fazem um teste para confirmar aquilo que já tinham conhecimento", compara ela.

"Mas, por outro lado, eu até tinha esperanças de que poderia ser diagnosticada com qualquer outra doença, porque assim as coisas seriam muito mais fáceis para mim."

"Se os profissionais de saúde tivessem detectado um câncer no meu cérebro, por exemplo, seria responsabilidade deles cortar o tumor dali."

"Agora, o transtorno de personalidade é um trabalho com o qual eu mesma precisarei lidar pelo resto da minha vida", complementa ela.

No entanto, mesmo com o diagnóstico em mãos, Thomas não iniciou o tratamento logo de cara.

"Aqui nos Estados Unidos, os seguros de saúde só aceitam pagar por terapias que são consideradas efetivas pelas associações da área. E, estranhamente, não existem tratamentos que se encaixam nesse critério para o transtorno de personalidade antissocial."

"Muitos especialistas também não se sentem à vontade para lidar com pacientes que tenham sociopatia ou psicopatia", acrescenta.

Os preços de assumir abertamente a psicopatia

Após o lançamento do livro em 2013, Thomas participou de algumas entrevistas na televisão — e algumas pessoas a reconheceram.

"Um dos alunos do curso de Direito escreveu à administração da faculdade para dizer que se sentia ameaçado pelo fato de ter uma professora sociopata", diz.

"A equipe de segurança da universidade me mandou um e-mail para informar que eu não poderia mais ir ao campus."

"Eu respondi que aquilo era um ato grosseiro de discriminação e que me solidarizava com o fato de o aluno se sentir ameaçado, mas nunca fiz nada diretamente contra ele", afirma.

"Além disso, eu não tinha, e não tenho, nenhum histórico criminal ou de violência depois de adulta. Achei absurdo alguém manifestar um incômodo pela minha simples existência."

Segundo Thomas, a direção dobrou a aposta. "Eles me informaram que, além de ser demitida e banida, eu estava proibida de transitar num raio de um quilômetro do campus ou de qualquer pessoa relacionada com a faculdade."

"Sofri muito preconceito e ninguém parecia ligar", lamenta ela.

"As pessoas me trataram muito mal e desenvolvi uma espécie de transtorno pós-traumático. Durante a noite, eu acordava de súbito, com crises de ansiedade", conta.

Nessa mesma época, um irmão da advogada que sempre teve problemas de saúde mental começou a fazer sessões com um psicoterapeuta.

"Ele fez o tratamento por cerca de dez meses e parecia uma outra pessoa. Ele tinha uma série de problemas e rapidamente se tornou um adulto funcional e competente."

A advogada resolveu seguir o exemplo do familiar e começou a fazer sessões com o mesmo terapeuta.

"Por questões relacionadas ao plano de saúde, ele definiu logo de cara que iria tratar o meu transtorno de personalidade, mas não chegou a especificar o tipo."

Uma das primeiras metas traçadas nas consultas foi lidar com o "vício" em manipular as pessoas.

"Eu não sabia como manter um relacionamento com alguém sem fazer isso", admite Thomas.

"O terapeuta me chamava a atenção para determinadas situações e me sugeria maneiras de fazer pequenos ajustes na forma como interagia com os outros", detalha ela.

A advogada admite que passou a sentir-se bem melhor conforme o tratamento evoluiu.

"Não foram apenas os relacionamentos que melhoraram, mas a minha própria experiência neles evoluiu. Esse contato com os outros se tornou mais relevante, mais real, e comecei a me importar mais com as pessoas", diz ela.

"Antes, eu via as interações sociais como algo semelhante a ir para academia. Era algo que eu precisava fazer, mas não necessariamente gostava. Hoje em dia, os relacionamentos são super recompensadores para mim."

Em 2017, Thomas iniciou um novo projeto: conhecer e conversar com outros indivíduos com suspeita ou diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial.

"A primeira pessoa que visitei foi na Tasmânia, na Austrália. A mais recente foi em Amsterdã, na Holanda, em abril deste ano", informa ela.

Segundo a advogada, geralmente esses contatos têm dois propósitos principais.

"Primeiro, há um grupo de pessoas que suspeitam ter sociopatia ou psicopatia. Elas me descobrem pelo blog ou pelo livro e se identificam com o que conto."

"A segunda categoria engloba os indivíduos que precisam de ajuda. Eles estão num período de dificuldade e não sabem o que fazer para mudar."


Um futuro sem estigmas e preconceitos

Apesar de entender a importância de falar abertamente sobre a psicopatia e o transtorno de personalidade antissocial, Thomas se ressente do preconceito que precisa enfrentar.

"Muitas pessoas me tratam mal em nome de uma pretensa intenção de se proteger de mim", destaca ela.

Talvez o estigma mais forte seja aquele que relaciona psicopatia com violência e atos criminosos.

A associação Psycopathy Is admite que "a psicopatia aumenta o risco de comportamentos agressivos e antissociais".

"No entanto, muitas pessoas com psicopatia não são violentas. E muitas pessoas que são violentas não são psicopatas."

"Cada indivíduo com psicopatia possui diferentes atributos e desafios — e a forma como crianças ou adultos com psicopatia se saem na escola, no trabalho ou em ambientes sociais varia bastante", pontua a entidade.

Para Thomas, que segue trabalhando com advocacia, esses estigmas relacionados à psicopatia vêm em parte da própria ciência, "por meio de pesquisas que fazem extrapolações e estão longe de representar a diversidade de pacientes com o transtorno".

"Existem muitos fatores que podem causar a violência, e a psicopatia é apenas uma delas. O mesmo vale para outros transtornos", defende a advogada.

Mas ela suspeita que muitos preconceitos e temores relacionados à psicopatia têm uma origem ainda mais profunda.

"De onde vem essa estranha necessidade das pessoas se preocuparem com a forma como os outros manifestam seus sentimentos?", questiona ela.

A advogada cita o exemplo hipotético de um funeral. Geralmente, é esperado que todos demonstrem tristeza, chorem ou ao menos se compadeçam dos familiares e amigos que estão num momento de sofrimento.

No entanto, pessoas com transtorno de personalidade antissocial podem não ter esses sentimentos num momento desses — e muitas vezes precisam fingir e atuar para não serem julgados e criticados.

"Me parece que a sociedade está sempre policiando os sentimentos — e todos aqueles que possuem um universo emotivo diferente, que experimentam a empatia de formas diversas, são discriminados."

Thomas cita o movimento de humanização do autismo: até pouco tempo atrás, indivíduos com esse transtorno eram excluídos e não existiam estruturas para acolhê-los na sociedade.

Felizmente, esse cenário está mudando — nos últimos anos, campanhas de conscientização e políticas públicas criaram espaços adaptados, para que pessoas com autismo fossem incluídas e pudessem participar de diversas atividades.

"Espero que isso seja ampliado para públicos com outras condições além do autismo. Como psicopata, quero que a sociedade entenda e acolha o meu transtorno", diz ela.

"Sonho com um futuro em que a psicopatia não seja apenas acolhida, mas que pessoas com diferentes diagnósticos psiquiátricos possam expressar suas reações emocionais sem serem julgadas."

Thomas pondera que "psicopatas que cometeram crimes precisam ser punidos por suas ações".

"Se eles fizeram algo errado, devem ir à prisão como qualquer um", reforça ela.

"Mas não me parece correto que pessoas com o transtorno que nunca se envolveram em qualquer problema legal sejam constantemente julgadas, perseguidas e obrigadas a mascarar seus sentimentos."

"Isso requer muita energia nossa. Seria muito melhor para os psicopatas e para a própria sociedade se pudéssemos ser nós mesmos."

"Se não tivéssemos que usar tanta força de vontade para mascarar quem somos, talvez sobrasse mais energia para fazer coisas boas pela sociedade, como nutrir relacionamentos ou propor soluções", defende.

Questionada se há uma única coisa que o público em geral poderia aprender sobre a psicopatia, Thomas responde que é preciso acabar com generalizações que transformam todo um grupo em algo negativo.

"Certamente existem muitas coisas consideradas ruins entre psicopatas. Mas talvez a primeira delas seja o fato de sermos diferentes", conclui ela.

Fonte: MSN

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Quais as Principais Doenças Psicológicas do Século 21?


As principais doenças psicológicas do século 21 refletem as complexidades e pressões da vida moderna. Aqui estão algumas das mais prevalentes:

1. Depressão

Descrição: A depressão é um transtorno mental caracterizado por uma persistente sensação de tristeza, perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram prazerosas, alterações no sono e no apetite, fadiga e pensamentos de morte ou suicídio.

Impacto: É uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo, afetando milhões de pessoas de todas as idades.

2. Ansiedade

Descrição: Os transtornos de ansiedade incluem uma gama de condições, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e fobias específicas. Caracterizam-se por uma preocupação excessiva, medo intenso e sintomas físicos como taquicardia e tremores.

Impacto: Ansiedade pode interferir significativamente na vida diária e nas relações pessoais e profissionais.

3. Transtorno Bipolar

Descrição: Este transtorno é marcado por mudanças extremas de humor, incluindo períodos de mania (euforia extrema, energia aumentada, impulsividade) e depressão (tristeza profunda, falta de energia, desespero).

Impacto: Pode afetar seriamente a capacidade de uma pessoa manter um emprego ou relações sociais estáveis.

4. Transtornos Alimentares

Descrição: Incluem anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno da compulsão alimentar periódica. Esses transtornos envolvem preocupações extremas com o peso e a forma corporal, levando a comportamentos alimentares perigosos.

Impacto: Podem causar sérios problemas de saúde física e mental, incluindo desnutrição, problemas cardíacos e morte.

5. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)

Descrição: O TEPT pode se desenvolver após a exposição a um evento traumático, como violência, acidentes graves ou desastres naturais. Caracteriza-se por flashbacks, pesadelhos, ansiedade severa e pensamentos intrusivos sobre o evento.

Impacto: Pode dificultar a vida cotidiana e levar a outros problemas psicológicos, como depressão e abuso de substâncias.

6. Transtornos de Personalidade

Descrição: Esses transtornos envolvem padrões de comportamento e pensamento que desviam significativamente das expectativas culturais, são inflexíveis e causam sofrimento ou prejuízo. Exemplos incluem transtorno de personalidade borderline e transtorno de personalidade antissocial.

Impacto: Podem interferir profundamente nas relações interpessoais e no funcionamento social e profissional.

7. Transtornos do Sono

Descrição: Incluem insônia, apneia do sono e transtorno do ritmo circadiano. Esses problemas podem resultar em sono inadequado ou não restaurador, afetando a saúde mental e física.

Impacto: A falta de sono adequado pode exacerbar outros problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade.

8. Dependência de Substâncias

Descrição: O uso abusivo de substâncias, como álcool, drogas ilícitas e medicamentos prescritos, pode levar a dependência física e psicológica.

Impacto: Pode causar problemas de saúde graves, dificuldades financeiras, problemas legais e rupturas nas relações sociais.

9. Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

Descrição: Caracteriza-se por pensamentos obsessivos (recorrentes e indesejados) e comportamentos compulsivos (rituais repetitivos realizados para aliviar a ansiedade).

Impacto: Pode consumir muito tempo e interferir significativamente na vida diária e no funcionamento social.

10. Esquizofrenia

Descrição: Uma doença mental grave caracterizada por distúrbios no pensamento, percepção e comportamento, incluindo delírios, alucinações e fala ou comportamento desorganizado.

Impacto: Pode levar à incapacidade significativa e exige tratamento contínuo e suporte.

Fatores Contribuintes

1. Estresse e Pressões Sociais: As demandas da vida moderna, incluindo trabalho, relacionamentos e responsabilidades familiares, podem contribuir para o desenvolvimento de doenças mentais.

2. Avanços Tecnológicos: O uso excessivo de tecnologia, redes sociais e a constante conectividade têm sido associados a aumentos na ansiedade e depressão.

3. Estigmatização: Apesar dos avanços na compreensão das doenças mentais, o estigma ainda impede muitas pessoas de buscar ajuda.

4. Fatores Ambientais e Genéticos: Muitos transtornos mentais têm uma base genética, mas fatores ambientais, como traumas e abuso, também desempenham um papel significativo.

Conclusão

As doenças psicológicas do século 21 são uma preocupação de saúde pública crescente. Reconhecer os sinais e sintomas dessas condições, promover a educação sobre saúde mental e reduzir o estigma associado a esses transtornos são passos cruciais para melhorar o bem-estar psicológico da sociedade. Buscar ajuda profissional e apoio social é essencial para o tratamento e a recuperação dessas condições.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

A síndrome do "desejo de desaparecer": cada vez mais pessoas têm a fantasia de fugir e deixar tudo para trás

 

O desejo de desaparecer e deixar tudo para trás é comum em muitas pessoas© Getty Images

Às vezes, quando a vida fica difícil, um pensamento inevitável de querer desaparecer surge em nossa cabeça. O desejo de deixar tudo para trás, inclusive os problemas que nos tiram o sono à noite, aquela maré de obstáculos que nos impede de alcançar nossos objetivos. Se estiver deprimido, você pode sentir que não consegue fazer nada certo, e fantasiar sobre desaparecer antes de bagunçar ainda mais sua vida é um recurso comum. É muito tentador: você não deveria ter que explicar nada a ninguém, não teria que lidar com seu chefe idiota ou com a louça na pia. Não se trata tanto de sair de férias ou morrer, mas sim de fugir de situações difíceis ou de problemas futuros. Se você já sentiu isso, não está sozinho.

Eu quero desaparecer (mas não para sempre)

Esse estado de espírito afeta muitas pessoas. É uma distorção do pensamento de que fugir resolverá todos os seus problemas e é momentaneamente reconfortante imaginar que você tem a opção de escapar deles. O constrangimento ou o fato de estar errado também envolve uma sensação desconfortável de exposição que leva ao desejo de desaparecer. E tudo isso é acompanhado por uma resposta fisiológica que contribui para o desinteresse e o afastamento comportamental. As pessoas que não conseguem superar esse sentimento geralmente caem em depressão, ansiedade ou outras doenças mentais.

"Vou largar tudo e começar uma horta"

Quem nunca sonhou em quebrar os padrões de uma vida rotineira e cheia de grades? Quem nunca desejou uma vida simples, seja cultivando uma horta ou indo à praia para montar um bar? Como explicou a psiquiatra do SINEWS, Orlanda Varela, em um artigo da Traveler, "nossa rotina não tem espaço para ativar o modo prazer. Tudo isso nos sufoca e nos leva a nos rebelar: voltar ao básico, a uma felicidade menos artificial, porque no fundo somos prisioneiros de coisas supérfluas".

Por que isso acontece?

Estudos demonstram que o cérebro humano foi projetado para responder ao estresse de quatro maneiras básicas: lutar, congelar, desmaiar ou fugir. A resposta de luta envolve o enfrentamento agressivo de ameaças percebidas. A resposta de congelamento usa a quietude para evitar o perigo ou torna as pessoas incapazes de agir contra ele. A resposta de bajulação busca agradar a outra pessoa para evitar conflitos. E a resposta de fuga leva você a fugir de uma situação ameaçadora. "É a última, a fantasia de fuga, que é o mecanismo comum que alivia superficialmente alguma pressão de estresse", explicou a psicóloga clínica Therese Mascardo em outro artigo da VICE. Isso significa que fugir é simplesmente uma das maneiras pelas quais as pessoas reagem quando a vida fica difícil. Ela está embutida em nossos instintos de sobrevivência.

O que está realmente acontecendo?

Esse sentimento geralmente é uma indicação de que algo na vida de alguém não está funcionando corretamente e pode precisar de cuidados e atenção. As pessoas que dizem que querem desaparecer podem, na verdade, estar dizendo: sinto-me solitário e preciso de amor, sinto-me triste e preciso de conforto, sinto-me envergonhado e preciso saber que sou normal, estou cansado e preciso descansar ou sinto-me perdido e preciso de um sentido para a vida.

Soluções para este problema

Como vários psicólogos especializados recomendam, uma boa maneira de começar é conseguir algum espaço: em situações estressantes, afastar-se e tomar alguma distância por algum tempo pode ajudar a reduzir a sensação de estar sobrecarregado e desamparado. Descanse também: mesmo que a rotina não permita, o descanso é necessário para prosperar. Cochilos, férias e tempo não estruturado podem proporcionar melhor produtividade a longo prazo.

Rir, brincar e se movimentar é o melhor antídoto: fazer atividades que nos envolvam ajuda a acalmar a ansiedade. Os benefícios do movimento não se limitam à perda de peso - fazer exercícios ou caminhar é bom para reduzir o estresse. E, por fim, outra coisa que as pessoas podem fazer quando se deparam com o desejo de desaparecer é enfrentar o problema de frente. Ou seja, identificar e abordar diretamente o que faz com que você queira "desaparecer".

Fonte: MSN

Vamos cuidar da sua saúde mental?



Brasil é o País Que Mais se Preocupa Com o Bem-Estar Mental

Os dados fazem parte do levantamento “World Mental Health Day 2023”, realizado pela Ipsos em 31 países© Shutterstock

A maior parte dos brasileiros diz pensar sobre seu bem-estar mental com frequência (75%) e acredita que ele é tão importante quanto o bem-estar físico (73%). Os dados fazem parte do levantamento “World Mental Health Day 2023”, realizado pela Ipsos em 31 países. Os números mostram, no geral, que o brasileiro se sente mais estressado que a média global das nações pesquisas (58%).

Apesar de estarem cientes da importância de ambos os temas, 43% das pessoas entrevistadas no Brasil têm a percepção de que o sistema de saúde do país dá mais importância à saúde física.

Globalmente, as pessoas dizem mais frequentemente que pensam com frequência no bem-estar físico (71%), em comparação com 58% que dizem que pensam com frequência em seu bem-estar mental. Mas, as pessoas na América Latina são particularmente mais propensas a pensar sobre sua saúde mental que no resto do mundo. Com exceção da África do Sul (75%), os outros cinco dos seis primeiros países nesse ranking são da região sul-americana: Brasil, com 75%; Colômbia, 72%; Argentina, 71%; Peru, 69%.

Além disso, 76% dos brasileiros afirmam que o estresse teve um impacto significativo em suas vidas. Esse número é maior do que a média global, de 62%. A pesquisa também aponta que 74% dos brasileiros sentiram-se tão estressados a ponto de não conseguir lidar com as situações, e 65% relataram sentir-se deprimidos quase todos os dias durante algumas semanas ou mais.

Gênero

Globalmente, as mulheres sofrem mais com problemas decorrentes do estresse do que homens, com 38% delas afirmando que tiveram o seu dia a dia impactado (contra 29% dos homens), 36% achando que não conseguiria lidar com as coisas (contra 26% dos homens) e 30% se sentindo desesperançosa (contra 24% dos homens).

Ambos os gêneros ficam tecnicamente empatados no quesito não conseguir ir ao trabalho, sendo elas 20% e eles, 17%.

Gerações

A geração adulta mais jovem, conhecida como Geração Z, desponta como quem mais diz se sentir afetada pelo estresse, com 36% dos jovens relatam se sentir deprimidos por semanas e 42% acreditam que não conseguiriam lidar com as coisas devido ao estresse.

Quanto ao impacto no trabalho, 24% da Gen Z já se sentiu estressada a ponto de não poder trabalhar por um período de tempo, enquanto afetou 22% dos Millennials, 17% da Gen X e 9% dos Baby Boomers.

Sobre a Pesquisa

A pesquisa “World Mental Health Day 2023” foi realizada pela Ipsos entre os dias 21 de julho e 4 de agosto de 2023 em 31 países. Com uma amostra de 23.274 entrevistados, sendo 1.000 do Brasil. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

Fonte: MSN

Vamos cuidar da sua saúde mental?

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

5 Hábitos Simples Que Podem te Ajudar a Regenerar Seus Neurônios


 O QUE É NEUROGÊNESE?

Certamente você tem ouvido durante toda a sua vida que os neurônios com os quais você nasce são os que o acompanham por toda a sua vida. Isso é o melhor dos casos: também ouvimos que cada farra poderia levar milhares (ou milhões) dessas células preciosas. Bem, nada disso é inteiramente verdade. Mais neurônios podem ser gerados posteriormente, em um processo conhecido como neurogênese adulta (embora ainda não esteja claro em que faixa etária), e é possível promover esse processo adquirindo uma série de hábitos simples em nosso dia a dia. Quer saber quais são?

Fazer atividades físicas

De uma universidade de nome impronunciável (Jyväskylä, na Finlândia) asseguram que cumprir os já conhecidos 150 minutos de exercício semanal (30 minutos por dia, 5 dias por semana) é uma boa prática para promover a neurogénese.

Manter uma boa alimentação

A chave aqui está nos antioxidantes, pois atuam como freio na degradação das células: chá verde, uvas vermelhas e, de maneira mais geral, a boa dieta mediterrânea (baixa em calorias).

Praticar sexo

"A experiência sexual repetida pode estimular a neurogênese adulta desde que persista ao longo do tempo", diz uma pesquisa publicada pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos. Essa nuance é importante: a prática sexual deve ser constante ao longo do tempo para que o hipocampo produza efetivamente novos neurônios.

Eliminar a tensão

Por sua vez, da Universidade de Oregon, eles colocam a ênfase no inimigo: o estresse e a ansiedade da vida moderna podem acabar gradualmente com a plasticidade neuronal do nosso cérebro. Eles recomendam que você pratique meditação, mas realmente qualquer atividade que faça você esquecer seus problemas por 5 minutos por dia é bem-vinda.

Aprender sempre

Imagine que seu cérebro é um músculo e, como tal, atrofia se não for forçado a trabalhar. O Dr. Irimia, neurologista, explica assim: “A aprendizagem gera conexões entre as diferentes áreas do cérebro, e por isso é fundamental para que possa ser colocado antes de sua deterioração. Não se trata apenas de ler muito, mas também de manter uma interação social regular e estimular constantemente o cérebro." Fonte: MSN.

Acesse: Tenha Mais Saúde


quarta-feira, 5 de julho de 2023

O PODER DA MENTALIDADE POSITIVA: Transforme Sua Vida e Alcance o Sucesso


“O Poder da Mentalidade Positiva: Transforme sua Vida e Alcance o Sucesso” é um livro inspirador e prático que explora o impacto transformador de uma mentalidade positiva em todos os aspectos da vida. Escrito por um renomado especialista em desenvolvimento pessoal, o livro oferece uma abordagem abrangente e acessível para ajudar os leitores a cultivar uma mentalidade positiva e desbloquear seu potencial máximo.

Ao longo das páginas deste livro, os leitores são guiados em uma jornada de autodescoberta, aprendendo a identificar e superar crenças limitantes, a desenvolver uma mentalidade resiliente e a enfrentar desafios com confiança e otimismo. Com uma combinação equilibrada de teoria, exemplos práticos e exercícios estimulantes, os leitores são capacitados a aplicar efetivamente os princípios da mentalidade positiva em suas vidas diárias.

As páginas deste livro abordam uma ampla gama de tópicos, incluindo a importância do autodomínio e do pensamento positivo, o poder da gratidão e da visualização, as estratégias para superar o medo e a autossabotagem, e as técnicas para estabelecer metas claras e alcançar o sucesso desejado.

Com base em pesquisas científicas recentes, exemplos inspiradores e histórias reais de sucesso, “O Poder da Mentalidade Positiva” oferece aos leitores as ferramentas e estratégias necessárias para reprogramar sua mente, aumentar a resiliência emocional e alcançar uma vida mais plena e satisfatória.

Este livro é um guia prático e motivador que capacitará os leitores a transformar seus pensamentos, emoções e ações, permitindo-lhes criar uma realidade alinhada com seus objetivos e aspirações mais elevados. Esteja preparado para embarcar em uma jornada de autodescoberta e crescimento pessoal, e descubra o poder inestimável de uma mentalidade positiva para transformar sua vida e alcançar o sucesso que você merece.

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Curso de Programação Neurolinguística - PNL


Curso de Programação Neurolinguística – PNL, Online, Grátis e com Certificado Gratuito

Com este Curso de Programação Neurolinguística – PNL, você aprenderá a controlar a mente para obter o melhor aprendizado em suas atividades escolares, profissionais ou sociais.

Entre os diversos benefícios que a PNL traz, está o aprendizado de estratégias para criar e manter estados de excelência pessoal, construção de grandes relacionamentos com o próximo, mesmo com aquelas pessoas consideradas difíceis, maneiras de influenciar e inspirar outros apenas mudando as palavras que você usa e como as diz.

A PNL busca atingir os resultados corrigindo “defeitos” da mente, eles enxergam o cérebro como hardware e os pensamentos como um software, ou seja, acabando com os problemas gerados pelo software a mente passa a trabalhar com perfeição.

O Curso Online de Programação Neurolinguística – PN, é totalmente Grátis e está disponibilizado em Vídeo aulas bem explicadas que você pode assistir cada dia um pouco e os vídeos que forem assistidos ficarão registrados, na conclusão do Curso será emitido um Certificado Digital de conclusão em PDF totalmente gratuito para o aluno imprimir ou baixar para seu computador.

Bom aprendizado!

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO CURSO DE PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA – PNL

Aula 01 – Introdução ao PNL

Aula 02 – Conceitos Básicos da PNL

Aula 03 – Entender de gente

Aula 04 – Programação de Neurolinguagem

Aula 05 – Você é único

Aula 06 – Falta Definir a Data

Aula 07 – Estabelecer metas

Aula 08 – Sintaxe do Sucesso

Aula 09 – Espelhos da mente

Aula 10 – Como ter Sucesso PNL