Por Que Psicologia e Parapsicologia?

A Psicologia nos oferece ferramentas poderosas para entender comportamentos, emoções, pensamentos e relações humanas. Ela é fundamental para promover a saúde mental e o bem-estar, ajudando-nos a enfrentar os desafios cotidianos e a alcançar nosso potencial pleno. A Parapsicologia, por outro lado, abre portas para explorar dimensões desconhecidas e experiências que muitas vezes são deixadas de lado pela ciência convencional. Ela nos convida a questionar, investigar e expandir os limites do nosso conhecimento sobre a consciência e a realidade.
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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

5 Hábitos Simples Que Podem te Ajudar a Regenerar Seus Neurônios


 O QUE É NEUROGÊNESE?

Certamente você tem ouvido durante toda a sua vida que os neurônios com os quais você nasce são os que o acompanham por toda a sua vida. Isso é o melhor dos casos: também ouvimos que cada farra poderia levar milhares (ou milhões) dessas células preciosas. Bem, nada disso é inteiramente verdade. Mais neurônios podem ser gerados posteriormente, em um processo conhecido como neurogênese adulta (embora ainda não esteja claro em que faixa etária), e é possível promover esse processo adquirindo uma série de hábitos simples em nosso dia a dia. Quer saber quais são?

Fazer atividades físicas

De uma universidade de nome impronunciável (Jyväskylä, na Finlândia) asseguram que cumprir os já conhecidos 150 minutos de exercício semanal (30 minutos por dia, 5 dias por semana) é uma boa prática para promover a neurogénese.

Manter uma boa alimentação

A chave aqui está nos antioxidantes, pois atuam como freio na degradação das células: chá verde, uvas vermelhas e, de maneira mais geral, a boa dieta mediterrânea (baixa em calorias).

Praticar sexo

"A experiência sexual repetida pode estimular a neurogênese adulta desde que persista ao longo do tempo", diz uma pesquisa publicada pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos. Essa nuance é importante: a prática sexual deve ser constante ao longo do tempo para que o hipocampo produza efetivamente novos neurônios.

Eliminar a tensão

Por sua vez, da Universidade de Oregon, eles colocam a ênfase no inimigo: o estresse e a ansiedade da vida moderna podem acabar gradualmente com a plasticidade neuronal do nosso cérebro. Eles recomendam que você pratique meditação, mas realmente qualquer atividade que faça você esquecer seus problemas por 5 minutos por dia é bem-vinda.

Aprender sempre

Imagine que seu cérebro é um músculo e, como tal, atrofia se não for forçado a trabalhar. O Dr. Irimia, neurologista, explica assim: “A aprendizagem gera conexões entre as diferentes áreas do cérebro, e por isso é fundamental para que possa ser colocado antes de sua deterioração. Não se trata apenas de ler muito, mas também de manter uma interação social regular e estimular constantemente o cérebro." Fonte: MSN.

Acesse: Tenha Mais Saúde


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Crianças criadas com afeto têm maior hipocampo


Getty Images - Pesquisadores mostraram que afeto pode provocar mudanças anatômica no cérebro

As crianças criadas com afeto têm o hipocampo - área do cérebro encarregada da memória - quase 10% maior que as demais, revela um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" ("PNAS").


A pesquisa, realizada por psiquiatras e neurocientistas da Universidade Washington de Saint Louis, "sugere um claro vínculo entre a criação e o tamanho do hipocampo", explica a professora de psiquiatria infantil Joan L. Luby, uma das autoras.

Para o estudo, os especialistas analisaram imagens cerebrais de crianças com idades entre 7 e 10 anos que, quando tinham entre 3 e 6 anos, foram observados em interação com algum de seus pais, quase sempre com a mãe.
Foram analisadas imagens do cérebro de 92 dessas crianças, algumas mentalmente saudáveis e outras com sintomas de depressão. As crianças saudáveis e criadas com afeto tinham o hipocampo quase 10% maior que as demais. "Ter um hipocampo quase 10% maior é uma evidência concreta do poderoso efeito da criação", ressalta Luby.
A professora defende que os pais criem os filhos com amor e cuidado, pois, segundo ela, isso "claramente tem um impacto muito grande no desenvolvimento posterior".
Durante anos, muitas pesquisas enfatizaram a importância da criação, mas quase sempre focadas em fatores psicossociais e no rendimento escolar. O trabalho publicado nesta segunda-feira, no entanto, "é o primeiro que realmente mostra uma mudança anatômica no cérebro", destaca Luby.
Embora em 95% dos casos estudados as mães biológicas tenham participado do estudo, os pesquisadores indicam que o efeito no cérebro é o mesmo se o responsável pelos cuidados da criança é o pai, os pais adotivos ou os avós.[Fonte: IG]

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

QI pode aumentar ou diminuir durante a adolescência


O coeficiente de inteligência, o QI, é variável, pelo menos ao longo da adolescência, segundo um estudo da University College London divulgado nesta quarta-feira (19). A pesquisa foi realizada com 33 voluntários adolescentes e, ao longo de quatro anos, mostrou que seus resultados em testes de QI variou em até 20 pontos, o que contradiz a ideia de que o índice seria algo fixo para toda a vida. O estudo também analisou imagens de ressonância magnética e concluiu que a flutuação do QI está relacionada com alterações na estrutura do cérebro.
O aumento no resultado do teste de QI verbal - que mede linguagem, aritimética, conhecimento geral e memória – está relacionado com o crescimento da massa cinzenta no córtex motor esquerdo, ligado a motricidade da fala. Já o aumento no resultado do teste de QI não-verbal – que se pede para identificar peças faltantes em quebra-cabeças – está relacionado ao crescimento da densidade de massa cinzenta em uma região anterior ao cerebelo, ligada ao movimento.
Os pesquisadores ainda não sabem o que causa a flutuação do QI na adolescência. “Ela pode ser ativada por efeitos ambientais como educação e aprendizado ou pode estar relacionada com diferenças no desenvolvimento do adolescente. Ou pode ser as duas coisas. É a clássica questão de quem veio primeiro, o ovo ou a galinha”, disse ao iG Sue Ramsden, autora do estudo publicado no periódico científico Nature. 

Sue afirma no entanto, que está quase certa que a mudança do QI seja mais afetada por fatores ambientais. “Nós sabemos que o cérebro do adulto muda com o aprendizado”, disse. A pesquisa testou apenas adolescentes, porém estudos anteriores mostraram que treinamento intenso pode alterar estruturas do cérebro. 

Adolescentes em teste
O estudo mediu o QI de 33 voluntários entre 12 e 16 anos e 2004 e depois comparou com os resultados medidos em 2008, quando eles tinham entre 15 e 20 anos. A pesquisa encontrou flutuação ente – 20 e +23 pontos, diferença suficiente para fazer uma pessoa que estava na média ir para acima da média ou abaixo da média. Cerca de 21% dos participantes mudaram de categoria.
“O aumento e a diminuição no score foi notada tanto em pessoas com alta e baixa habilidade. Não é o caso de jovens com baixo desempenho irem melhor e jovens de alto desempenho ir mal. Alguns de alto desempenho foram ainda melhores 3 alguns de baixo desempenho foram ainda pior”, disse Sue.
A pesquisadora acredita que o estudo tem grande valia sobre como a habilidade é avaliada nas escolas. “isto quer dizer que se um adolescente tem baixa habilidade verbal, isto não quer dizer que ele possa melhorar. Da mesma forma que um adolescente com alta habilidade também pode piorar caso não a pratique”, disse a pesquisadora. [Fonte: IG]

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Estudo indica que Facebook influenciaria estrutura cerebral

O Facebook altera o cérebro? Esta é a questão que um estudo incomum tenta responder sobre a rede social que tem 800 milhões de membros na internet.
Segundo os autores da pesquisa, voluntários colocados em um scanner tridimensional demonstraram ter estruturas maiores e mais densas em três áreas do cérebro quando vinculados a uma grande lista de amigos no Facebook, em comparação com outros que tinham poucos amigos online.
As três áreas são todas relacionadas com a capacidade de socialização. "O sulco temporal superior e o giro temporal médio estão associados à percepção social, do olhar das outras pessoas ou de pistas sociais advindas de expressões faciais", disse o cientista Ryota Kanai, da Universidade College London (UCL).
A terceira área, o complexo entorrinal, "estaria associada com a memória para rostos e nomes", acrescentou. Dois anos atrás, a neurocientista Susan Greenfield, da Universidade de Oxford, causou polêmica sobre o impacto das redes digitais nos jovens.
"A mente do século XXI seria quase infantilizada, caracterizada por curtos instantes de atenção, sensacionalismo, incapacidade de enfatizar e um senso de identidade instável", alertou Greenfield, em discurso na Câmara dos Lordes britânica.
Geraint Rees, professor de neurociências da UCL, disse que o novo estudo trouxe à tona questões-chave relativas a esta controvérsia. Entre elas, se o tamanho da área de socialização no cérebro nos leva a fazer mais amigos, se esta área é alterada pelas redes sociais na internet ou se esta relação é inócua. Para Rees, que liderou a pesquisa, este enigma de causa e efeito só poderá ser resolvido com estudos posteriores.
Em seu estudo, Rees recrutou 125 estudantes, 46 deles homens, com idade média de 23 anos. Seus amigos no Facebook variaram entre um punhado até quase mil. A média estimada seria de 300 amigos por voluntário. Os resultados foram, então, checados em busca de quaisquer dados tendenciosos com uma amostra em separado, composta por 40 voluntários.
Em um terceiro experimento, os cientistas analisaram mais de perto uma subamostra de 65 voluntários para ver se, na estrutura cerebral, havia relação entre o mundo digital e o mundo real. Além de se submeter a um exame de escâner cerebral, o grupo também preencheu um questionário sobre seus amigos no mundo real.
Ao combinar os registros de amizade do mundo real com as dos amigos online, os cientistas descobriram apenas uma correlação na substância cerebral. Ela foi detectada em uma área denominada amígdala bilateral, que acredita-se que processe e armazene as memórias de eventos emocionais.
Esta associação não foi encontrada nas três áreas cerebrais - o sulco temporal superior, o giro temporal médio ou o complexo entorrinal -, realçadas no primeiro experimento. Rees afirmou que isto pode significar que diferentes áreas do cérebro são usadas para diferentes formas de socialização.
O estudo será publicado na edição desta quarta-feira do periódico Proceedings of the Royal Society B, da Academia de Ciências britânica. [Fonte: Terra]


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cientistas conseguem reproduzir imagens armazenadas no cérebro


Na imagem acima, cenas de filmes e as imagens cerebrais captadas pelos cientistas - Foto: AP

Cientistas utilizaram um scanner e um computador para decodificar e reconstruir imagens de um filme assistido previamente por três indivíduos, em um procedimento que poderá, no futuro, ajudar pessoas com dificuldades de comunicação, revela um estudo publicado nesta quinta-feira (22/09/2011).
Até o momento, a técnica que combina imagens por ressonância magnética (IRM) e padrões informáticos pôde apenas reconstituir extratos dos filmes assistidos pelos voluntários da experiência, mas o método abre caminho para uma tecnologia capaz de ler imagens no cérebro - como sonhos ou 'filmes' da memória -, destacaram os cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley.
"É um passo importante para a reconstrução de imagens no cérebro", disse o professor Jack Gallant, neurologista da Universidade e um dos autores do estudo, publicado na revista americana Current Biology.

Leia também:
Como o cérebro prefere ouvir o som
Centro de leitura do cérebro não é exigente com a visão
"Abrimos uma janela aos 'filmes' projetados em nossa mente".
No futuro, esta tecnologia poderá permitir uma melhor compreensão do que se passa na mente das vítimas de AVCs, de pessoas em coma ou de vítimas de doenças neurodegenerativas incapazes de se comunicar.
Também poderá facilitar a criação de uma máquina capaz de se comunicar diretamente com o cérebro, permitindo a pessoas sem capacidade motora comandar instrumentos apenas com a mente, segundo o professor Gallant.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pesquisa: corrente elétrica no cérebro acelera aprendizado


Estimular eletricamente o cérebro pode ajudar a aumentar a velocidade do aprendizado, segundo especialistas britânicos. Eles dizem que aplicar uma corrente elétrica de baixa intensidade em uma parte específica do cérebro pode aumentar sua atividade, tornando o aprendizado mais fácil.
Os pesquisadores, da University of Oxford, na Inglatarra, estudaram cérebros de pacientes que sofreram derrames e de adultos saudáveis. Os resultados da pesquisa foram apresentados durante o British Science Festival, na cidade inglesa de Bradford.
A equipe, liderada pela professora Heidi Johansen-Berg, usou uma tecnologia conhecida como ressonância magnética funcional para monitorar a atividade nos cérebros de pacientes que sofreram derrames enquanto tentavam recuperar sua capacidade motora, perdida como resultado da doença.
Uma das principais revelações do estudo foi a de que o cérebro é muito flexível e pode se reestruturar, desenvolvendo novas conexões e alocando tarefas para áreas diferentes quando ocorre algum problema ou quando uma tarefa nova é realizada.
Como parte do estudo, os especialistas também investigaram a possibilidade de usar estimulação elétrica não invasiva do cérebro para melhorar o processo de recuperação da capacidade motora. Melhorias a curto prazo já haviam sido constatadas em pacientes que tinham sofrido derrames. Mas um resultado inesperado foi verificado quando os mesmos estímulos foram feitos nos cérebros de adultos saudáveis: a velocidade de aprendizado desses indivíduos também aumentou consideravelmente.
Aumento de atividade
Para observar esse efeito, a equipe criou um experimento em que voluntários memorizavam uma sequência de botões para apertar, "como se aprendessem a tocar uma melodia no piano". Enquanto faziam isso, recebiam, por meio de dois eletrodos colocados em pontos específicos de suas cabeças, estímulos por corrente transcraniana.
Uma corrente de intensidade muito pequena foi passada entre os eletrodos formando um arco que passava dentro do cérebro e, dependendo da direção da corrente, ela aumentava ou diminuía a atividade naquela parte do cérebro. Johansen-Berg explicou que "um aumento na atividade das células do cérebro as torna mais suscetíveis ao tipo de mudança que ocorre durante o aprendizado".
O s resultados do experimento que envolvia apertar os botões em sequência demonstraram os efeitos positivos, em termos do aprendizado, de apenas dez minutos de estímulos ao cérebro, em comparação a um experimento "placebo" no qual não houve estímulo elétrico. "Os estímulos não melhoraram o desempenho máximo do participante, mas a velocidade com a qual ele alcançava seu ponto de desempenho máximo foi aumentada significativamente", disse Johansen-Berg.
Direcionar o estímulo à área do cérebro que controla a atividade motora permite que tarefas envolvendo movimentos sejam aprendidas mais rápido, e os pesquisadores acreditam que a técnica possa ser usada para auxiliar o treinamento de atletas. Os experimentos demonstram explicitamente que estimular o córtex motor do cérebro pode aumentar a velocidade do aprendizado de funções motoras.

Os pesquisadores dizem ter esperanças de que o mesmo método possa ser aplicado a outras partes do cérebro para melhorar o aprendizado na educação, simplesmente posicionando-se os eletrodos em locais diferentes de forma que a corrente possa ser direcionada à área correta. Em função da relativa simplicidade, baixo custo (cerca de US$ 3 mil por unidade) e portabilidade da tecnologia, a equipe acha possível que - após mais pesquisas - aparelhos sejam criados especificamente para uso em casa.
No futuro, Johansen-Berg e sua equipe pretendem investigar as possibilidades de se aumentar o efeito da técnica por meio de estímulos diários durante períodos de algumas semanas ou meses. No tratamento de pacientes que sofreram derrames, a técnica poderia ser usada em associação com tratamentos atuais de fisioterapia para melhorar o quadro geral da recuperação dos pacientes, que tende a variar bastante.[Fonte: Terra]

terça-feira, 29 de março de 2011

A dor da rejeição não é só uma metáfora, diz estudo.

Cientistas comprovaram que as regiões do cérebro que reagem à dor física são as mesmas que respondem a um fora.

A dor do coração partido não é apenas figura de linguagem. As regiões do cérebro que reagem à dor física coincidem com aquelas que reagem à rejeição social, de acordo com estudo que analisou imagens do cérebro de pessoas que passaram por rompimentos amorosos recentes.
“Os resultados dão um novo significado para a ideia de que a rejeição 'dói'", escreveu Ethan Kross, autor do estudo e professor de psicologia da Universidade de Michigan. O estudo foi publicado na edição desta semana do periódico científico da Academia Nacional das Ciências.
Edward Smith, da Universidade de Columbia, que também participou do estudo, explicou que a pesquisa mostra que os eventos psicológicos ou sociais podem afetar regiões do cérebro que os cientistas pensaram que eram dedicadas apenas à dor física.
De certa forma, os cientistas estão dizendo "não é uma metáfora", disse Smith em entrevista por telefone.
O estudo envolveu 40 voluntários que passaram por um indesejável fora nos últimos seis meses e que afirmaram que pensar no tal fora provocava sentimentos intensos de rejeição.
Imagens de ressonância magnética foram usadas para estudar o cérebro dos voluntários em quatro situações. Na primeira delas, o voluntário com coração partido via a foto do ex-parceiro e pensava sobre os desdobramentos do relacionamento. Em outra situação, o voluntário via a foto de um amigo e pensava em uma experiência positiva com esta pessoa. As outras duas situações envolviam um dispositivo colocado no braço que produzia um calor suave ou se tornava quente o suficiente para provocar dor.
 As duas situações negativas – pensar sobre a perda de um parceiro e ser queimado – causaram respostas em partes sobrepostas do cérebro, constatou o estudo. 
Estudos anteriores não tinham mostrado a relação entre a dor física e a emocional, e também tinham usado eventos menos dramáticos, como alguém que tivesse simplesmente afirmado ‘não gosto de você’ ”, disse Smith.
“No caso do estudo publicado nesta semana, os voluntários haviam de fato sido rejeitados e continuavam sentido a dor da perda”, disse.
Há ainda evidências de que o estresse emocional, como a perda de um ente querido, pode afetar as pessoas fisicamente. De acordo com Smith, estudos como este podem ajudar os pesquisadores a desenvolver maneiras de ajudar pessoas que são sensíveis à perda ou à rejeição. [Fonte: IG]

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

COMPUTADOR CONSEGUE LER A MENTE HUMANA

Cientistas pesquisadores da Universidade de Berkeley criaram um sistema capaz de decodificar as ondas cerebrais e ao mesmo tempo reproduzir qualquer imagem em que você esteja pensando. A experiência foi realizada por três voluntários, os quais se submeteram a uma máquina de ressonância magnética enquanto deveriam olhar para imagens em preto-e-branco. Ao mesmo tempo, seus cérebros eram monitorados por um grupo de cientistas em outra sala ao lado. Após analisar os sinais gerados pelos cérebros dos voluntários, um programa de software criado e desenvolvido pela Universidade de Berkeley foi capaz de reconstruir as mesmas imagens que os voluntários estavam vendo. Em síntese, a máquina foi capaz de decodificar e ler o pensamento deles. Isso é algo fantástico que poderá trazer conseqüências profundas para a humanidade.
Mas como foi possível ao computador ler os pensamentos dos voluntários? Momentos antes do teste eles tiveram de olhar para uma considerável quantidade de fotos, contendo aproximadamente 1.700 imagens. Durante esse processo, os pesquisadores mediram a atividade de 8 regiões diferentes do cérebro, assim, os dois dados, ou seja, o conteúdo das fotos e a atividade do cérebro foram cruzados pelo programa de computador, o qual começou a fazer relações e aprender quais padrões cerebrais correspondiam á imagem de um cachorro, por exemplo. A tentativa deu certo. O índice de acerto no teste foi de 90%. Apesar de o sistema ser lento e demorar 60 minutos por imagem, e ainda não reconhecer outros tipos de pensamento, como as palavras, ele já está causando polêmica e até receio. A maior crítica é que tal tecnologia não deve violar a privacidade da mente humana. Será?
[Fonte: Resumido da Super, Dezembro de 2009]

sábado, 5 de dezembro de 2009

Déjà vu: A ciência por trás do maior mistério da sua cabeça

Você está tranqüilo, andando por aí. Lá no canto, um homem entrega balões a uma menininha. Uma cena sem nada de mais. Aí, de repente, BOOM: você olha e sabe que já viu aquilo antes. A expressão da menina, a posição das bexigas, o gesto do sujeito... Tudo parece “no lugar certo”. Tudo se repete igualzinho aconteceu antes. Mas você sabe que nunca viu aquilo na vida, ou seja, está tendo um déjà vu (“já visto”), em francês.


A sensação é mágica: você consegue prever cada “frame” da cena, como se estivesse dentro de um filme a que já assistiu. Está ciente de tudo o que vai acontecer. Presente e futuro se transformam numa coisa só.


Então... C’est fini. Acabou o déjà vu. A familiaridade com a cena vai para o ralo em segundos. Tudo fica tão frugal e imprevisível quanto antes. E tudo o que sobra é a lembrança de uma experiência quase mística. Mas que não tem nada de única: estudos nos EUA e na Europa indicam que até dois terços das pessoas tiveram déjà vu pelo menos uma vez na vida.
Mesmo com essa onipresença toda, ele é um tema difícil para a ciência. Por uma razão simples: se você fosse um cientista, iria pegar alguém na rua, levar para o laboratório e esperar o sujeito ter um déjà vu para ver o que acontece? Eles também não.


Mas existe um atalho para elucidar esse mistério: os campeões de déjà vu. Morton Leeds, um estudante americano dos anos 40, foi um deles. O rapaz tinha a extraordinária média de um déjà vu a cada 2,5 dias. E passou um ano registrando as ocorrências num diário, com precisão científica. Por exemplo, às 12h25 de 31 de janeiro de 1942 ele escreveu: “Foi extremamente intenso. Um dos mais completos que já tive. Parei em frente a uma loja, e a coisa cresceu e cresceu. Enquanto isso, a sensação de que eu poderia prever a cena seguinte ficava maior. Foi tão forte que tive náuseas”.


Com essa base de dados, Morton concluiu que a maior parte dos déjà vus acontecia em momentos de estresse. Já era alguma coisa. “Os resultados das nossas pesquisas atuais, com pacientes que respondem questionários sobre seus déja vus, mostram exatamente isso – embora não saibamos a razão. Eles também deixam claro que os mais jovens e viajados são os mais propensos a senti-los”, diz o psiquiatra Chris Moilin, da Universidade de Leeds, na Inglaterra.


Moulin é um dos poucos especialistas que se dedicam ao assunto. Para buscar respostas, garimpou em clínicas psiquiátricas atrás de gente com déjà vus ainda mais freqüentes que os de Morton Leeds. E o que ele encontrou foi aterrador.


Moulin conheceu pacientes que vivem num déjà vu eterno, num mundo surreal, onde tudo parece já ter acontecido. Felipe Massa ganhou a corrida? “Eu sabia, vi isso antes.” Lula renunciou para gravar um cd de pagode? “Óbvio. Eu sempre soube disso.”
Não é exagero. Um dos pacientes de Moulin, apresentado a ele em 2000, achava que já sabia tudo o que aparecia nos jornais ou na TV. Outro parou de jogar tênis porque “sabia qual seria o resultado de cada jogada”.
Mas não, eles não vêem o futuro. Tomografias no cérebro desses pacientes mostram que sua massa cinzenta atrofiou no lobo temporal (logo atrás das orelhas), justamente a parte que governa a formação de memórias.


A tese é que essas mentes acessam as lembranças na mesma fração de segundo em que elas são gravadas. E isso causa uma ilusão perene: o presente fica parecendo uma memória. É como se você vivesse o tempo todo no seu passado.
Moulin e outros pesquisadores, então, imaginam que a chave para os déjà vus normais esteja aí. Se nos casos crônicos a falta de timing do lobo temporal é permanente, nos mais moderados ela só acontece de vez em quando. Às vezes uma única vez na vida.
Mas essa não é a única explicação para o déjà vu. Outra corrente, por exemplo, defende que o fenômeno pode não estar ligado a um defeito no “cabeçote de gravação” da memória. O segredo estaria nos porões mais escuros do cérebro, onde ficam as memórias do que você não viu. Isso mesmo.


Para comprovar essa tese, dois pesquisadores americanos tentaram algo ambicioso: recriar déjà vus em laboratório. Ao experimento.
Em 2004, psicólogos da Universidade Metodista de Dallas e da Universidade Duke, nos EUA, colocaram seus alunos para ver fotos dos dois campi. A tarefa era encontrar pequenas cruzes que eles sobrepuseram às imagens. Eles esperavam que os alunos se concentrassem na busca pelas cruzes, sem prestar atenção nas imagens. Uma semana depois, chamaram os alunos de volta e mostraram as mesmas imagens. Agora eles tinham de dizer quais daqueles lugares já tinham visitado. Bingo: alunos da Duke que nunca tinham ido à Metodista disseram já ter estado em cenários de lá, e vice-versa. Conclusão: enquanto procuravam as cruzes, eles guardavam as imagens dos lugares desconhecidos no inconsciente sem se dar conta. Os estudantes não tinham mais de um segundo para ver cada imagem, mas foi o suficiente para que elas desencadeassem “mínis déjà vus”.


Por essa linha, ter um déjà vu significa acessar memórias nunca antes registradas pela consciência. Imagine: colocaram um extintor de incêndio perto da porta de entrada do seu prédio. Só que você viu o objeto apenas com o canto dos olhos, sem realmente notar a existência dele. Aí, no dia em que você olhar conscientemente para o extintor, pode ter uma forte impressão de já tê-lo visto antes. O ponto é que o seu inconsiente já viu mesmo. E vem o déjà vu.
As teorias não páram por aí. E a mais recente delas pode ter matado de vez a charada. Será?


Cenários fantasmas
A história começa com um geneticista americano, Susumu Tonegawa, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ele estudava um traço bem conhecido da mente: aquilo de um fragmento qualquer de memória trazer cenários completos do passado. Sabe quando você sente algum cheiro que lembra a infância, como o da comida da sua avó, e sua cabeça praticamente viaja no tempo? Então.
Tonegawa descobriu que essa sensação nascia numa área específica do cérebro. E imaginou que com os déjà vus seria a mesma coisa, que eles tivessem uma morada no cérebro – no caso, um lugar minúsculo dentro do lobo temporal chamado giro dentado.
Para testar a hipótese, ele usou engenharia genética e criou um ratinho de laboratório com essa parte do cérebro desregulada. Depois pegou o bicho e colocou-o numa caixa com um rato normal. E começou a dar choquinhos nos pés da dupla. A cada descarga eles ficavam paralisados. Então colocou os dois numa outra caixa, parecida com a primeira, mas sem os choques. Como Tonegawa esperava, os roedores estavam condicionados: paralisaram logo que entraram na caixa, como se a tortura tivesse começado de novo.
O rato normal, no entanto, percebeu rapidinho que não estava acontecendo nada. E relaxou. Só que o transgênico não: continuou paralisado, como se os choques estivessem acontecendo. O rato confundia memória com realidade. Para Tonegawa, isso revelava a mecânica secreta dos déjà vus. Ele concluiu que o giro dentado capenga fez o animal perder a capacidade de diferenciar uma caixa da outra e entrar numa espécie de déjà vu eterno. Para você entender isso melhor, vamos para um exemplo palpável. Imagine que você está num aeroporto. Os guichês, os painéis, as escadas rolantes... Tudo é parecido com o que tem em qualquer aeroporto. Aí, se o seu giro dentado der um tilt por um segundo, você fica que nem o rato: perde a capacidade de discernir aquele aeroporto dos outros. Sente que já esteve lá. Tem um déjà vu.
Isso também ajuda a explicar por que eles acontecem mais entre pessoas jovens e viajadas, como disse Moulin. Primeiro, porque os mais novos têm uma vida menos rotineira. Costumam variar de cenário, o que os deixa mais propensos a viver déjà vus – é mais fácil ter um ao acordar num quarto desconhecido, por exemplo, do que no seu, onde você realmente está acostumado com tudo. E o fato de viajar bastante só turbina a coisa.
Quando a experiência de Tonegawa veio a público, em 2007, foi tratada por alguns como a explicação definitiva para o mistério. Mas a maior parte dos pesquisadores acha que ainda é cedo para uma conclusão dessas. Eles imaginam que o déjà vu pode ser como dor de estômago: ter várias causas – as que você viu aqui mais outras tantas ainda a descobrir.
No fim das contas, a explicação mais bacana continua sendo a da Trinity, de Matrix – o filme que mostra o planeta dominado por máquinas que mantêm os humanos presos numa realidade virtual (a Matrix). Numa das cenas, o herói Neo olha para um gato preto, sente que já viu o bichano antes e diz:
– Uau, Trinity. Tive um déjà vu....
E ela acaba com o mistério:
– Um déjà vu é uma falha da Matrix, Neo. Acontece quando estão consertando alguma coisa...[Fonte: SuperArquivo].

Para saber mais
The Deja Vu ExperienceAlan S. Brown, Psychology Press, 2004.