O pai de Thomas, claro, estranhou a reação da filha e questionou se ela não tinha empatia.
Violência despercebida
Antes de entrar nos detalhes da entrevista, vale fazer uma breve explicação técnica.
Ela começa contando sobre um episódio que viveu na transição entre a infância e a adolescência.
"Eu fiquei muito surpresa, porque nunca havia percebido que fazia aquilo."
No entanto, isso não era algo que chamava sua atenção durante a infância e a adolescência.
Será que você é sociopata?
A palavra não despertou nenhuma emoção específica na estudante de Direito.
"Cheguei à conclusão que essas características me descreviam muito bem", conta Thomas.
"Também enfrentei uma série de problemas em relacionamentos amorosos e com a minha família."
"Foi aí que pensei: será que isso acontece comigo porque sou sociopata?"
Entre o blog e o livro, um diagnóstico
No entanto, mesmo com o diagnóstico em mãos, Thomas não iniciou o tratamento logo de cara.
Os preços de assumir abertamente a psicopatia
"Sofri muito preconceito e ninguém parecia ligar", lamenta ela.
A advogada resolveu seguir o exemplo do familiar e começou a fazer sessões com o mesmo terapeuta.
Uma das primeiras metas traçadas nas consultas foi lidar com o "vício" em manipular as pessoas.
"Eu não sabia como manter um relacionamento com alguém sem fazer isso", admite Thomas.
A advogada admite que passou a sentir-se bem melhor conforme o tratamento evoluiu.
Segundo a advogada, geralmente esses contatos têm dois propósitos principais.
Um futuro sem estigmas e preconceitos
"Muitas pessoas me tratam mal em nome de uma pretensa intenção de se proteger de mim", destaca ela.
Talvez o estigma mais forte seja aquele que relaciona psicopatia com violência e atos criminosos.
Thomas pondera que "psicopatas que cometeram crimes precisam ser punidos por suas ações".
"Se eles fizeram algo errado, devem ir à prisão como qualquer um", reforça ela.
Fonte: MSN